15.5.11

4. A TAL HISTÓRIA DO "MEU" AVIÃO

Quando um piloto voa por muito tempo um mesmo avião, acontece um fenômeno interessante., que é a incremento de negligência dos procedimentos de checagem principalmente externa. Porque verificar aquele freno escondido que sempre está lá, apertadinho?

Pois bem, era um lindo dia e o 'aeroporto' iniciava sua movimentação. No empurra empurra frenétido das aeronaves, um Cessna acabou se chocando com outro do mesmo tipo. Era só uma encostada, coisa mínima, nem dava para perceber. Simplesmente a ponta da hélice torou o pino de uma das dobradiças do profundor, o que não foi comunicado para o dono ou piloto da aeronave atingida - procedimento comum entre concorrentes sem muito escrúpulo e caráter.

O avião afetado, ao decolar, um dos profundores traseiros começou a abanar com muita intensidade, o avião não conseguiu cumprir sua rampa para livrar obstáculos e acabou por colidir com a copa das árvores. Desta vez não houve sobreviventes. O piloto e seu lançador ficaram prensados pela pesada carga.

Há uma lista de verificações estruturais que deve ser seguida a risca, e com total atenção pelo piloto e quando esta lista é executada pelo co-piloto, e este DEVE TER EXPERIÊNCIA PARA EXECUTÁ-LA, não simplesmente olhar e ficar pressionando o pneu com o dedo, por exemplo, ou olhar para um sistema e ver se está tudo em ordem.

Tem que saber a FUNÇÃO de determinado sistema, pois ele pode estar em ordem, mas simplesmente foi montado invertido! Os pinos, alavancas, cabos, presilhas de capô de motores, tampas de inspeção, tomadas de pressão, abertura para sensores de instrumentos, dobradiças de profundores e superfícies de comando são muito especiais. Mais até do que parece, e não se iluda com sua aparente simplicidade. Todo cuidado é pouco com objetos estranhos, principalmente dentro de turbinas. Tente 'ligar' uma turbina com um ninho de passarinho dentro ou mesmo um gato...



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