15.5.11

1. ATÉ O ÚLTIMO INSTANTE NO CONTROLE

Tão fundamental quanto o vôo, é fazer o mesmo com a aeronave sob controle. Óbvio e corriqueiro. Mas não é o que acontece, e isso, justamente no momento em que mais se precisa de controle numa aeronave, que é no ‘pouso fora’.

São numerosos os acidentes em que, na ânsia de manter sua aeronave em vôo, os pilotos deixam sua performance se degenerar tanto que praticamente a aeronave despenca em direção ao solo, quase sempre no pior ângulo possível, eliminando qualquer possibilidade de sobrevivência da tripulação e passageiros.

Outrossim, são inúmeros os ‘pousos fora’ que com grande dose de sangue frio, a tripulação manteve o avião sob controle até os momentos finais e com manobras nos últimos segundos conseguiram salvar se não a si mesmos, grande número de passageiros.

Quando a aeronave se encontra em vôo de cruzeiro e ocorre uma pane que a obrigue a pousar, há, quase sempre, muito tempo para tentar corrigir a pane, a solução para a mesma é proporcional ao conhecimento da tripulação dos sistemas da aeronave e também domínio completo da lógica destes mesmos sistemas, pois nem sempre a solução apontada pelo manual soluciona a pane sem contar que pode agravá-la.

Posso citar como exemplo, vazamento de combustível. O local onde isso ocorre fornece distintas pistas que nem sempre o manual prevê, e seguindo cegamente as instruções do mesmo, simplesmente pode-se agravar a pane, portanto é fundamental o conhecimento de todo o circuito que alimenta os motores e conhecimento das características dos vazamentos em diversos pontos.

Quando a pane ocorre nos instantes finais do vôo em aproximação ou nos instantes iniciais, na decolagem, o tempo para solucionar uma pane quase sempre possibilita apenas uma transferência de combustível, alimentação cruzada ou mesmo ligar uma bomba auxiliar.

Em ambos os casos, a aeronave deve ser mantida sob controle até o momento do impacto pois só assim haverá possibilidade de adotar procedimentos de pouso que procure não só poupar a cabine de passageiros como as construções em volta.

- Pouso na água com as asas niveladas e velocidade pouco acima da de stol.
- Pouso em mato procurando ‘livrar o charuto’ das grande árvores.
- Pouso em cidade densamente povoada em ruas ou vielas.
- Pouso em montanhas...

Este último, de grande dificuldade, pois deve-se tocar o solo sempre em direção de ‘montanha acima’, com isso, não se aplica a velocidade de melhor planeio, a velocidade do avião nos momentos finais do vôo tem que ser muito elevada, pois ao se aproximar da montanha, o arredondamento é feito em subida! O que faz a velocidade do avião cair rapidamente, sempre muito mais rápido do que o calculado pela tripulação!



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